Portefólio
Lisboa
A tipicidade destes vinhos mantém-se graças à determinação de pessoas como António Bernardino Paulo da Silva, um dos mais antigos produtores da região, resistente à pressão urbanística que invade os terrenos de cultivo. Elaborados a partir de castas como Ramisco e Malvasia de Colares, os vinhos Colares Chitas impressionam pela elegância, frescura, robustez e longevidade.
A Adegas Beira-Mar foi criada pelo avô de Paulo da Silva em 1898, continua ativa hoje sob a liderança de Paulo da Silva, com 94 anos, e o apoio dos sobrinhos Pedro Rocha e Paulo Braga, produzindo os vinhos DOC Colares Chitas e os regionais Casal da Azenha e Beira-Mar.
A conversão de toda a área de vinha da Quinta do Monte d’Oiro para o Modo de Produção Biológico (MPB), que se iniciou em 2006, foi o caminho natural para completar a sua visão: ‘Vinhos que expressem fielmente o terroir’.
São vinhos que demonstram garra, caráter, boa aptidão para envelhecer e balanço ideal para se apresentarem à mesa.
Os vinhos Porta 6 são elaborados com uvas da Região de Lisboa, pela equipa orientada pelo reconhecido enólogo António Ventura. “O Porta 6 Tinto é um vinho desenhado para o consumidor, fomos ver o que o consumidor gosta e partimos daí para fazer este vinho, só de castas nacionais, que é frutado, suave e fresco, um vinho que não nos cansamos de beber”, explica Mauro Azóia, um dos enólogos residentes da Vidigal Wines.
O rótulo do Porta 6 foi inspirado na icónica carreira do 28. Feito com base numa obra do artista plástico alemão Hauke Vagt, residente em Alfama, há mais de 20 anos, mostra a imagem do elétrico amarelo a passar numa das esquinas de um dos bairros tradicionais da capital portuguesa. É um rótulo descontraído, que retrata a vida de uma cidade humana, cosmopolita, com muitas histórias inspiradoras.
Um mundo onde a tendência imparável é a massificação generalizada dos desejos e dos produtos, é um mundo onde até as novidades nos parecem mais do mesmo, onde o desejo desnorteado pela subtilidade das diferenças se vê desejando mais desejo numa tautologia maníaca que substitui o produto pela marca, o bom pelo conhecido.
Há assim vinhos perfeitamente inseridos neste contexto, macios, aveludados, elegantes, mesmo sofisticados e badalados, bons ou menos bons, são ‘mais do mesmo’, são vinhos no plural que se dirigem a todos, em qualquer altura...
E depois há o BRUTALIS, que se dirige a todos, mas só de vez em quando.